A imundície de nossas ruas
Como Será que nos vemos no espelho?
Hoje pela manhã, fiz um pequeno tour por São Paulo. Desde há muito, eu queria ir a alguns lugares da cidade para ver como estavam e o que acontecia por lá - mas me frustrei tremendamente.
O que é que estão fazendo com nossa cidade? Indaguei a mim mesmo.
Estive na região do Brás, e sempre de automóvel atravessei algumas ruas (as que eram possíveis), "singrei o" Largo da Concórdia, e ali mesmo, deixei me abater por um enorme sentimento de perda. Da perda de valores e de cidadania – ainda que não os meus.
Vi ruas imundas, entulhadas por lixo “novinho”, que permitiam ver que as ruas haviam sido limpas na noite anterior. Esse "lixo novo" era de variada natureza: cascas de frutas, embalagens diversas, incontáveis garrafas plásticas e até águas servidas correndo pelas sarjetas.
E o povo? Parecia não estar nem ali para tanta sujeira. Pior: parecia ter uma intimidade e uma cumplicidade entre uns e outros que “ambos os lados” não seriam felizes se faltasse algum deles.
Mas isso não era tudo, pois avistei prédios mal conservados, pixações “para todos os gostos” e um verdadeiro oceano de marreteiros ajudando a compor o caos.
Todos os que conheçam alguma parte "civilizada" do mundo não se cansam de se surpreender com o asseio e com os cuidados dos cidadãos “nativos” para manterem suas ruas, rios, bairros e cidades limpas e bem conservados. Há não muito tempo, até mesmo o "aculturado" batráquio apedeuta se surpreendeu quando em visita a Winhoek, na Namíbia, viu tanta limpeza e organização que proferiu uma de suas pérolas: “Quem chega a Windhoek não parece que está num país africano. Poucas cidades do mundo são tão limpas e bonitas arquitetonicamente quanto esta cidade”, disse, dando a impressão de que considera a África feia e suja.
Qual será o futuro das nossas grandes cidades? Será queos tornaremos uma África - aquela "conhecida" pelo supremo apedeuta - ou já somos, sem nos darmos conta disso?
Então, como será que nos vemos no espelho?
Hoje pela manhã, fiz um pequeno tour por São Paulo. Desde há muito, eu queria ir a alguns lugares da cidade para ver como estavam e o que acontecia por lá - mas me frustrei tremendamente.
O que é que estão fazendo com nossa cidade? Indaguei a mim mesmo.
Estive na região do Brás, e sempre de automóvel atravessei algumas ruas (as que eram possíveis), "singrei o" Largo da Concórdia, e ali mesmo, deixei me abater por um enorme sentimento de perda. Da perda de valores e de cidadania – ainda que não os meus.
Vi ruas imundas, entulhadas por lixo “novinho”, que permitiam ver que as ruas haviam sido limpas na noite anterior. Esse "lixo novo" era de variada natureza: cascas de frutas, embalagens diversas, incontáveis garrafas plásticas e até águas servidas correndo pelas sarjetas.
E o povo? Parecia não estar nem ali para tanta sujeira. Pior: parecia ter uma intimidade e uma cumplicidade entre uns e outros que “ambos os lados” não seriam felizes se faltasse algum deles.
Mas isso não era tudo, pois avistei prédios mal conservados, pixações “para todos os gostos” e um verdadeiro oceano de marreteiros ajudando a compor o caos.
Todos os que conheçam alguma parte "civilizada" do mundo não se cansam de se surpreender com o asseio e com os cuidados dos cidadãos “nativos” para manterem suas ruas, rios, bairros e cidades limpas e bem conservados. Há não muito tempo, até mesmo o "aculturado" batráquio apedeuta se surpreendeu quando em visita a Winhoek, na Namíbia, viu tanta limpeza e organização que proferiu uma de suas pérolas: “Quem chega a Windhoek não parece que está num país africano. Poucas cidades do mundo são tão limpas e bonitas arquitetonicamente quanto esta cidade”, disse, dando a impressão de que considera a África feia e suja.
Qual será o futuro das nossas grandes cidades? Será queos tornaremos uma África - aquela "conhecida" pelo supremo apedeuta - ou já somos, sem nos darmos conta disso?
Então, como será que nos vemos no espelho?