segunda-feira, março 26, 2007

DOMINAÇÃO INSIDIOSA

Você assistiu à propaganda gratuita obrigatória do PRB, exibida há pouco, em 'horário nobre', no rádio e na televisão?

Eu vi. E ouvi o Vice-presidente da República, Sr. José de Alencar — todo pimpão [apesar da aparência ainda debilitada pela doença que o acomete] —, dizer que sua legenda já está presente em todos os [atuais] vinte e sete estados da Federação.

Fosse maior o número de estados, também estaria presente! E não é à toa. No passado [e já faz tempo, hehe!], dizia-se que qualquer lugar em que houvesse uma Igreja [católica] e uma filial das Casas Pernambucanas, já merecia constar do mapa nacional. Hoje, para tanto, há que existir uma filial da ‘Igreja Universal do Reino de Deus’ - IURD S.A.

Causa espanto o vertiginoso crescimento desse império da exploração da boa fé alheia — que segura e absolutamente não é nada despretensioso, pelo contrário. Sabe-se que exatos 30 anos atrás, em 1977, depois de ter freqüentado terreiros de candomblê [que hoje repugna], foi nos fundos de uma agência funerária que
Edir Macedo inoculou o gérmen daquilo que, à custa da miséria e da desinformação popular se transformou numa verdadeira e poderosa multinacional da exploração da pobreza e da boa fé alheia.

Com sua "igreja" consolidada, Macedo verticalizou sua iniciativa empresarial que agrega bancos, financeiras, emissoras de rádio, TV, bancadas de representação política em todos os níveis da Federação [e nela toda]. Não satisfeito, comprou um partido político cuja legenda hibernava — seguramente à espera do "melhor comprador".

Com tamanha demonstração de organização, método e objetivos, alguém duvida de que muito em breve "poderemos" tê-lo como presidente de Banânia (royalties para Reinaldo Azevedo)?

Como curiosidade, para “entender” o modus operandi dos pregadores ao estilo dos da IURD, vale a pena assistir o filme “Leap of Faith” (Fé demais não cheira bem), da Paramount, produzido em 1992, com Steve Martin no papel de pastor...

Cuidado, 'meu povo', pois com o apedeuta não foi muito diferente, não. Devagarinho, sorrateiramente, silenciosamente, tal como uma cobra, insidiosamente eles vão se esgueirando, até darem o bote fatal!!!

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