NÃO, NÃO, NÃO!!!!!!
Amigos da Marvada,
De um lado, governo/governistas/demagogos/ingênuos e (last but not least) rede Globo e seus artistas defendendo o SIM, com campanha milionária (de onde vem tais recursos???). De outro, realistas, cidadãos preocupados em defender suas liberdades individuais, indústria bélica (ok, ok) e outros tantos defendendo o NÃO.
Minha opinião: este referendo nem deveria ser realizado, tamanho o despreparo da população para decidir sobre esta questão. Além disso, me cheira a "ditadura da maioria". Isso sem mencionar a pergunta extremamente viesada na qual o referendo se baseia.
Pessoalmente, a campanha do NÃO ganha de longe em coerência. Já a do SIM, distorce estatísticas (a ponto de o TSE vetar parte dela, por conta de falácias como aquela em que afirmam que quem já possui arma registrada poderá continuar a comprar munição. Na verdade, apenas quem possui PORTE de arma poderá fazê-lo), se baseia no apelo emocional ("SOU DA PAZ") e nos artistas repetindo em coro: SIM.
Mas nem tudo está perdido. Alguns artistas também tem se manifestado pelo NÃO. Jô Soares, Zezé di Camargo (arghhh) e mais recentemente, Fagner. Vejam a entrevista deste último à FSP:
"Artista é alienado"
No lançamento de sua coletânea pela revista "Seleções", na última semana, no Rio, o cantor Fagner espantou os convidados do evento ao declarar que vai votar "não" no referendo da proibição do comércio de armas de fogo. Também criticou os colegas que fazem campanha pelo "sim". "Onde tem muito artista falando, já se sabe que não é coisa boa". Fagner falou à coluna:
Folha - Qual sua crítica à postura dos artistas?
Fagner - É tudo um bando de "Maria vai com as outras", que fala o que mandam falar, não aprofunda a discussão. Ficam gritando "Lula lá!", "Lula lá!" e, depois que o Lula faz essa cagada toda, não aparece quase ninguém para comentar.
Folha - É raro um artista admitir que vota "não" no referendo sobre armas.
Fagner - Não me incomoda ser uma voz dissonante. A classe artística é muito alienada. Quero saber de onde é que está vindo dinheiro para pagar essas campanhas do referendo. Quem está ganhando com isso? A população nunca é chamada para [decidir] nada, agora inventam esse referendo que ninguém sabe direito o que é. Eu não tenho arma, nunca matei nem passarinho, mas acho que tem que equipar a polícia e desarmar os bandidos. A proibição só vai desproteger a população e favorecer o tráfico de armas.
Após esta entrevista, Zé Geraldo enviou carta à mesma FSP: Faço minhas as palavras do amigo Fagner (coluna de Mônica Bergamo, Ilustrada, pág. E2, 10/10): também digo "não" a esse referendo, inventado e mal-explicado, que tira do cidadão de bem o direito de, quando julgar necessário e dentro da lei, tentar ter a proteção que o Estado, incompetente, não lhe dá. Nunca dei um tiro e não pretendo ter uma arma, mas não me sinto seguro o suficiente para abrir mão de um dia vir a ter uma. Quanto a "um bando de artistas maria-vai-com-as-outras", alienados e que não comentam as "cagadas do Lula", também concordo com Fagner. Dei minha colaboração durante todos esses anos, arrependi-me e tenho demonstrado isso publicamente. Zé Geraldo, cantor e compositor (São Paulo, SP)
Pelo menos, ainda há alguns que combatem tanta hipocrisia. VOTO NÃO!!!!