¡COM TERRORISTAS NÃO SE NEGOCIA!
Mais abaixo, o Peninha deu mote a um tema excelente. O assunto parace tão árido que todas as vezes que o comentei nos blogs amigos, o HalosCan rejeitou os comentários. Como eu escrevia 'de primeira', perdia tudo e não tive como recuperar nenhuma das minhas tentativas de comentar. Agora, no entanto, escrevi antes em Word, mas quando tentei colar... it was too large... Bah! (quase) desisti, mas resolvi criar uma pauta nova, como segue.
É verdade. Concordo que aquela pouca vergonha lá na Reitoria da USP incomoda a qualquer cidadão de bem. Mas, o que vem a ser 'cidadão de bem'? Ora! Qualquer pessoa que como eu, Você e a maioria dos que nos visitam aqui no Marvada, que pagamos impostos elevados e recebemos quase nada em troca. E pior: quando 'recebemos' algo como contrapartida, é sempre de péssima qualidade, com serviços prestados por algumas catchigurías de sindicalistas, todos militantes de partidos 'esquerdistas', ávidos pela prática de um butinzinho aqui, outro butim ali, até conquistarem algum cargo político — por eleição (pelos idiotas úteis) e/ou por indicação de seus comparsas eleitos e/ou indicados para o 'primeiro escalão', para fazerem o 'verdadeiro butinzão'. Em vez de servirem ao público, servem-se dele.
Neste aspecto, a invasão e 'tomada' da Reitoria não discrepa. Trata-se de ato declaradamente político, com interesses políticos e finalidade política. Não há reinvidicação trabalhista. Não há!
Há várias semanas, o Reinaldo Azevedo comprou mais esta briga. Briga arrastada, cansativa, incômoda — para quem quisesse 'mudar de assunto' — mas acertada, o que ao final reconheço. Afinal de contas, mais do que apenas aluno, RA também já lecionou por lá e conhece todo o ambiente que critica.
Não faz muito tempo, recordando um texto mais antigo, e alertando para a 'estratégia' dos sindicalistas mercenários que, com a ajuda dos 'estudantes' — idiotas úteis ocupam a Reitoria —, RA escreveu que «...Na guerra, soldados executam. Os generais planejam. Querem fertilizar a “luta” das esquerdas com um cadáver». E eu acredito nisso: eles realmente estão querendo um 'mártir'. Estão em busca de um estopim para indisporem o governo de José Serra com a população e, como de costume, continuarem a enganar o povão. Querem imolar um trouxa qualquer... que não seja dos verdadeiros 'articuladores'.
Serra — que não é bobo, tem lá seu serviço de informações, sabe bem com quem está lidando e melhor ainda o que está fazendo. Não terá sido à toa que deixou-se fotografar com a pose acima. Ele não irá se fazer 'de macho' só para dar provas de que seja 'valente'’. Nós — cidadãoe e contribuintes — não precisamos de uma atitude dessa de nosso governante, e disso ele bem sabe. Apesar de tudo, por estar à serviço da causa do apedeuta, até a Rede Bandeirantes tem tentando influenciar a opinião pública com editoriais exigindo ‘autoridade’ do governador. Mas a quem isto aproveita? A resposta é fácil para quem leu o artigo "O PAC tem que Parar", do Diogo Mainardi desta semana, na Veja. Assinante pode ler a íntegra aqui.
Também o RA alertou e reiterou para a tal estratégia.
Por que faço tantas remições ao RA? Porque seus artigos consistentes estão bem fundamentados para quem queira conferir. Como todos sabem, os Reitores das Universidades estaduais paulistas já declararam reconhecer que os decretos do Governado não quebram a autonomia das universidades.
Ora! Se isto é reconhecido como verdade, o que motiva os mercenários na USP? Fica mais fácil entender, quando se consiga interpretar estes dados:
«...Quantos são os professores de cada departamento e quantas são as aulas ministradas, por exemplo? Vocês sabiam que a USP tem 80.589 alunos matriculados? Bastante, né? Pois é: mas há 5.222 professores! Vale dizer: um professor para cada 15,43 alunos. Calma! Há também 15.295 funcionários: um funcionário para cada 5,26 alunos. Uau! Nem no ensino infantil a taxa é tão baixa. Se somarmos o número de professores e funcionários — 20.517 —, teremos um assalariado da universidade para cada 3,92 alunos. E, de fato, o número médio é ainda menor, já que aluno matriculado não quer dizer aluno estudando»...
Wow!!! Você leu isto? UM FUNCIONÁRIO (e nem vou entrar no mérito das regalias de que desfrutam) PARA CADA CINCO ALUNOS — ou um assalariado para cada menos do que quatro alunos!!! Caramba! Tem coisa errada nessa 'brincadeira de trabalhar' na USP. Ah tem!!! E fica mais fácil ainda entender tais números, quando se consiga associá-los a estes outros, para entender quanto custam as universidades paulistas, veja:
«...Acompanhem a evolução do Orçamento das três universidades paulistas (em R$):
2003 - 2.936.421.251
2004 - 3.360.040.557
2005 - 3.696.084.506
2006 - 4.017.711.895
2007 - 4.212.051.715 (dotação inicial)
Esse dinheiro é o resultado dos 9,57% do ICMS repassados diretamente para as instituições mais as verbas suplementares para programas específicos.
Atentem, agora, para os números da USP (em R$):
2003 - 1.535.833.130
2004 - 1.783.895.927
2005 - 1.951.520.476
2006 - 2.105.890.900
2007 - 2.211.958.632...».
Elles estão muito, mas muito e muito preocupados mesmo é com a possibilidade dessa mamata, um dia, acabar. Se isso fosse pouco, e feito aqueles siris do comercial de cerveja (que apareciam, rebolavam e antes de sairem correrendo diziam ♪nã-nã-nã-nã ♪), os invasores continuam provocando, quase que implorando para serem "agredidos" por aqueles que depois, elles vão chamar de "a polícia do Serra". Foi assim que o ESTADÃO noticiou e o próprio RA comentou, quando elles provocaram, estendendo faixa com os dizeres «OCUPAÇÃO 1xO CHOQUE (W.O.)», com a óbvia e inequívoca intenção de que a PM corresse para a confrontação — de onde seguramente 'nasceria' um cadáver mortinho da silva. Covardes não são os que evitam brigas inúteis, mas aqueles que agem como essa canalha petralha. Confira!
Por isso, Amigo Peninha, concordo com Você e sua afirmação de que 'com terrorista não se negocia', e estou inclinado a dar a 'esses terroristazinhos furrecas aí' o merecido desprezo. Sem negociação — concordo —, mas também sem o confronto, que 'adversários' tão nanicos não valham, por transigirem contra a lei e contra a justiça por um motivo infundado e mentiroso. Assim sendo, no lugar do governador, eu os trataria como faço com os desimportantes: os ignoraria por completo; se necessário até transferiria a Reitoria para outro lugar e os deixaria por lá, para que se exaurissem por inanição. É o que bem merecem.