Não se confunda.
Eça de Queiroz (1845-1900)
«Estamos perdidos há muito tempo... O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada. Os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte, o país está perdido!»
Atual, não é mesmo? Todavia, este texto foi escrito por Eça de Queiroz, no ano de 1871. Mas não se confunda, pois apesar dos seus 134 anos de idade, o texto é nada menos do que um retrato do Brasil de hoje. Cabe a nós tentar melhorá-lo. Será que "vale a pena" gritar "fora Lula!"?!
«Estamos perdidos há muito tempo... O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada. Os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte, o país está perdido!»
Atual, não é mesmo? Todavia, este texto foi escrito por Eça de Queiroz, no ano de 1871. Mas não se confunda, pois apesar dos seus 134 anos de idade, o texto é nada menos do que um retrato do Brasil de hoje. Cabe a nós tentar melhorá-lo. Será que "vale a pena" gritar "fora Lula!"?!