Dos tempos de girino
DÉCADA DE 60: Lula foi suspeito de crime no ABC
(...)"Afinal, ele é o “Lula, o filho do Brasil”, retratado no livro de Denise Paraná como o jovem operário que, em 1962, participou do linchamento de um empresário na rua Vemag, no ABC. A fabriqueta, “uma pequena tecelagem, uma fábrica de meias”, foi invadida por grevistas que passaram por sua porta. Acuado no escritório, o dono da firma atirou. Feriu um piqueteiro na barriga. E, diz Lula, “o pessoal ficou invocado”, jogou-o pela janela do segundo andar, e o chutou no chão até que “outros grevistas apartaram”. O homem “foi para o hospital, mas acho que morreu”. O impressionante nesse relato é que Lula, com uma habilidade narrativa que honra sua fama de grande comunicador, consegue ao mesmo tempo ficar próximo do fato e longe do crime, trocando sem parar o sujeito da frase. Quem vê tudo é ele. Quem bate são os outros. Quem leva bala é “um companheiro”. Quem vai a forra é “o pessoal". Por Marcos Sá CorrêaPIAUÍ NOTÍCIA
(...)"Afinal, ele é o “Lula, o filho do Brasil”, retratado no livro de Denise Paraná como o jovem operário que, em 1962, participou do linchamento de um empresário na rua Vemag, no ABC. A fabriqueta, “uma pequena tecelagem, uma fábrica de meias”, foi invadida por grevistas que passaram por sua porta. Acuado no escritório, o dono da firma atirou. Feriu um piqueteiro na barriga. E, diz Lula, “o pessoal ficou invocado”, jogou-o pela janela do segundo andar, e o chutou no chão até que “outros grevistas apartaram”. O homem “foi para o hospital, mas acho que morreu”. O impressionante nesse relato é que Lula, com uma habilidade narrativa que honra sua fama de grande comunicador, consegue ao mesmo tempo ficar próximo do fato e longe do crime, trocando sem parar o sujeito da frase. Quem vê tudo é ele. Quem bate são os outros. Quem leva bala é “um companheiro”. Quem vai a forra é “o pessoal". Por Marcos Sá CorrêaPIAUÍ NOTÍCIA