Recebido por meu amorzinho.
Meus comentários:
P R O J E T O D E L E I N º _ _ _ _ _ D E 2 0 0 5
(Do Senhor JOÃO HERRMANN NETO)
Extingue o emprego do acentograve indicativo da ocorrência dacrase da preposição a com outrosvocábulos.
Art. 1º - Fica extinto o uso do acento grave para indicar aocorrência da crase.
Parágrafo único - A ocorrência de crase da preposição a com oartigo, pronome demonstrativo e pronome relativo continuaránormalmente, deixando apenas de ser indicada pelo acento grave.
Art 2º - Conceder-se-á às empresas editoras de livros epublicações o prazo de 3 (três) anos para o cumprimento do quedispõe esta Lei.
Art 3º - Esta Lei entrará em vigor 30 dias após a sua publicação,revogadas as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO (Não seria justificativa?)
Quantas pessoas sabem empregar corretamente o acento grave, indicativo da crase?
O escritor Ferreira Gullar (1930) (Comunista), talvez querendo indicar o contrário, disse
"A crase não foi feita para humilhar ninguém."
Defato, o emprego do acento grave para marcar a crase não tem feito outra coisa desde sua instituição a não ser humilhar muita gente.
Ao escrever, 8 entre 10 brasileiros encontram dificuldade com relação a questões de crase.
Isso é de conhecimento de todos. (Podemos aproveitar e extinguir o plural, o trema, vírgula, ponto-e-vírgula, a regência, o gênero [finalmente nosso Presidente custou tanto a aprender que não se diz menas]), os ditongos (ora,nosso "mestre" Emir dos Sádicos, não escreve Getulho?).
O problema já começacom o próprio significado da palavra crase que passou a significar o acentoque se aplica. Percebe-se isso, quando, freqüentemente, alguém pergunta:
" - Será que neste a eu ponho crase ou não?" (Então vamos esquecer também que em português existe o verbo ensinar? Para quê, se muitos não aprendem?)
No entanto, por mais que se ensine, crase não se põe nem se tira.
O que sepõe ou se tira, se for o caso, é o acento grave indicador da crase. O acento não se chama crase. Os professores nas instituições de ensino fundamental, médio e superior não se cansam de constatar que os alunos nunca compreendem realmente o fenômeno da crase. Como alguns professores também não fazem idéia do uso correto do acento grave, fecha-se o ciclo do desconhecimento
(Absurdo dos absurdos!!!! Só matando!!!).
Os problemas com a crase são o erro mais comum em qualquer tipo de texto, placa, letreiro, anúncio. Desde textos de composição de alunos do ensino fundamental a teses de doutorado, sem falar dos textos jornalísticos e legais.
Assim expressa-se (Não seria se expressa? Ah, já caiu em desuso, tudo vale!!!) Moacyr Scliar (Comunista) na interessante crônica Tropeçando nos acentos:
"Alguém já disse que os ingleses conquistaram o mundo porque não precisavam perder tempo acentuando as palavras. (Ué, e a "colonização cultural" que para outras coisas lhe arrepia todo de indignação, seu idiota? Imitar o Bill of Rights, a Constituição Britânica nem pensar [para os apedeutas: existe SIM, só não está tudo num livrinho idiota, como aqui!]).
Pode não ser verdade, mas o gasto de energia representado pelos agudos, pelos circunflexos, pelos tremas, é uma coisa impressionante. (Vamos proibir as academias de malhação? Eu topo!!!)
E a pergunta é: para quê, mesmo?
Alguém já disse que a crase não foi feita para humilhar ninguém. Tenho minhas dúvidas: acho que a crase foi feita, sim, para humilhar. A população brasileira se divide em pobres e ricos, mas também se divide em dois grupos, os que sabem usar a crase, a minoria, e a maioria que tem um medo existencial (UAU, medo existencial! O Hermann quer falar difícil e só diz asneiras!) a este sinal" (Extingamos também as palavras aranha, cobra, barata, etc. Tem tanta gente que teme estes bichos! Extinguindo do dicionário as espécies deixarão de existir, não é seu Hermann?).
A crase nem sempre foi marcada com o acento grave na língua portuguesa. Camões escrevia
aa, como nesse trecho de Os Lusíadas (I.33)
"Sustentava contra elle Venusbella/Affeiçoada aa gente Lusitana". (Mas escrevia também elle e bella, seu imbecil!) Até o começo da década de 30 do século XX, era marcada com acento agudo. Voltar a essa escrita não é o ideal. O bom mesmo, o que vai contribuir para ganharmos tempo no ensino da língua portuguesa já tão deficiente, é simplesmente extinguir o uso do acento grave. Ele não faz falta nenhuma.
Simplesmente deixará de ser escrito.
Considerando-se que se leva um tempo enorme e infindáveis repetições para se ensinar o uso da crase, muito tempo será ganho pelos professores e alunos. Outras matérias poderão ser abordadas com benefício para todos. Esclareça-se que nada absolutamente vai mudar no português (Claro que não, só no grego, no latim e no sânscrito. Ou ele está falando no português dono do botequim da esquina?)
Apenas deixaremos de grafar o acento grave nos casos de regência em que ocorrer a crase. O artigo 3º deste projeto, por exemplo, grafado
"Conceder-se-á às empresas editoras de livros e publicações o prazo de 3(três) anos para o cumprimento do que dispõe esta Lei" seria escrito"Conceder-se-á as empresas editoras de livros e publicações o prazo de 3(três) anos para o cumprimento do que dispõe esta Lei".
O contexto esclarecerá o sentido e desfará possíveis ambigüidades. Aos que se apegam ao uso antigo e resistem às mudanças (Pronto, tava faltando: os reacionário selitistas!), podemos dizer que, de qualquer maneira, a grande maioria do povo brasileiro, falante da língua portuguesa, ignora a ocorrência da crase na maioria das expressões em que ela aparece. As ambigüidades podem ser desfeitas com o estudo e a análise do texto, sem levar em consideração esse sinal já obsoleto que o povo já fez morrer.
Portanto, submeto à apreciação desta Casa ( de quê, de tolerância?) este projeto de lei que representará, caso seja aprovado, grandes benefícios (Só abatendo a tiros!) para as crianças, jovens e adultos em fase escolar. A extinção desse simples sinal, o acento grave, nesse único emprego que lhe restou, trará uma simplificação maravilhosa e de grande impacto entre todos os que usam a língua portuguesa.
Sala das sessões, em de maio de 2005.
DePUTAdo JOÃO HERRMANN NETOPDT/SP
(Por que não aproveitar e extinguir o mandato deste imbecil?).
Meus comentários:
P R O J E T O D E L E I N º _ _ _ _ _ D E 2 0 0 5
(Do Senhor JOÃO HERRMANN NETO)
Extingue o emprego do acentograve indicativo da ocorrência dacrase da preposição a com outrosvocábulos.
Art. 1º - Fica extinto o uso do acento grave para indicar aocorrência da crase.
Parágrafo único - A ocorrência de crase da preposição a com oartigo, pronome demonstrativo e pronome relativo continuaránormalmente, deixando apenas de ser indicada pelo acento grave.
Art 2º - Conceder-se-á às empresas editoras de livros epublicações o prazo de 3 (três) anos para o cumprimento do quedispõe esta Lei.
Art 3º - Esta Lei entrará em vigor 30 dias após a sua publicação,revogadas as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO (Não seria justificativa?)
Quantas pessoas sabem empregar corretamente o acento grave, indicativo da crase?
O escritor Ferreira Gullar (1930) (Comunista), talvez querendo indicar o contrário, disse
"A crase não foi feita para humilhar ninguém."
Defato, o emprego do acento grave para marcar a crase não tem feito outra coisa desde sua instituição a não ser humilhar muita gente.
Ao escrever, 8 entre 10 brasileiros encontram dificuldade com relação a questões de crase.
Isso é de conhecimento de todos. (Podemos aproveitar e extinguir o plural, o trema, vírgula, ponto-e-vírgula, a regência, o gênero [finalmente nosso Presidente custou tanto a aprender que não se diz menas]), os ditongos (ora,nosso "mestre" Emir dos Sádicos, não escreve Getulho?).
O problema já começacom o próprio significado da palavra crase que passou a significar o acentoque se aplica. Percebe-se isso, quando, freqüentemente, alguém pergunta:
" - Será que neste a eu ponho crase ou não?" (Então vamos esquecer também que em português existe o verbo ensinar? Para quê, se muitos não aprendem?)
No entanto, por mais que se ensine, crase não se põe nem se tira.
O que sepõe ou se tira, se for o caso, é o acento grave indicador da crase. O acento não se chama crase. Os professores nas instituições de ensino fundamental, médio e superior não se cansam de constatar que os alunos nunca compreendem realmente o fenômeno da crase. Como alguns professores também não fazem idéia do uso correto do acento grave, fecha-se o ciclo do desconhecimento
(Absurdo dos absurdos!!!! Só matando!!!).
Os problemas com a crase são o erro mais comum em qualquer tipo de texto, placa, letreiro, anúncio. Desde textos de composição de alunos do ensino fundamental a teses de doutorado, sem falar dos textos jornalísticos e legais.
Assim expressa-se (Não seria se expressa? Ah, já caiu em desuso, tudo vale!!!) Moacyr Scliar (Comunista) na interessante crônica Tropeçando nos acentos:
"Alguém já disse que os ingleses conquistaram o mundo porque não precisavam perder tempo acentuando as palavras. (Ué, e a "colonização cultural" que para outras coisas lhe arrepia todo de indignação, seu idiota? Imitar o Bill of Rights, a Constituição Britânica nem pensar [para os apedeutas: existe SIM, só não está tudo num livrinho idiota, como aqui!]).
Pode não ser verdade, mas o gasto de energia representado pelos agudos, pelos circunflexos, pelos tremas, é uma coisa impressionante. (Vamos proibir as academias de malhação? Eu topo!!!)
E a pergunta é: para quê, mesmo?
Alguém já disse que a crase não foi feita para humilhar ninguém. Tenho minhas dúvidas: acho que a crase foi feita, sim, para humilhar. A população brasileira se divide em pobres e ricos, mas também se divide em dois grupos, os que sabem usar a crase, a minoria, e a maioria que tem um medo existencial (UAU, medo existencial! O Hermann quer falar difícil e só diz asneiras!) a este sinal" (Extingamos também as palavras aranha, cobra, barata, etc. Tem tanta gente que teme estes bichos! Extinguindo do dicionário as espécies deixarão de existir, não é seu Hermann?).
A crase nem sempre foi marcada com o acento grave na língua portuguesa. Camões escrevia
aa, como nesse trecho de Os Lusíadas (I.33)
"Sustentava contra elle Venusbella/Affeiçoada aa gente Lusitana". (Mas escrevia também elle e bella, seu imbecil!) Até o começo da década de 30 do século XX, era marcada com acento agudo. Voltar a essa escrita não é o ideal. O bom mesmo, o que vai contribuir para ganharmos tempo no ensino da língua portuguesa já tão deficiente, é simplesmente extinguir o uso do acento grave. Ele não faz falta nenhuma.
Simplesmente deixará de ser escrito.
Considerando-se que se leva um tempo enorme e infindáveis repetições para se ensinar o uso da crase, muito tempo será ganho pelos professores e alunos. Outras matérias poderão ser abordadas com benefício para todos. Esclareça-se que nada absolutamente vai mudar no português (Claro que não, só no grego, no latim e no sânscrito. Ou ele está falando no português dono do botequim da esquina?)
Apenas deixaremos de grafar o acento grave nos casos de regência em que ocorrer a crase. O artigo 3º deste projeto, por exemplo, grafado
"Conceder-se-á às empresas editoras de livros e publicações o prazo de 3(três) anos para o cumprimento do que dispõe esta Lei" seria escrito"Conceder-se-á as empresas editoras de livros e publicações o prazo de 3(três) anos para o cumprimento do que dispõe esta Lei".
O contexto esclarecerá o sentido e desfará possíveis ambigüidades. Aos que se apegam ao uso antigo e resistem às mudanças (Pronto, tava faltando: os reacionário selitistas!), podemos dizer que, de qualquer maneira, a grande maioria do povo brasileiro, falante da língua portuguesa, ignora a ocorrência da crase na maioria das expressões em que ela aparece. As ambigüidades podem ser desfeitas com o estudo e a análise do texto, sem levar em consideração esse sinal já obsoleto que o povo já fez morrer.
Portanto, submeto à apreciação desta Casa ( de quê, de tolerância?) este projeto de lei que representará, caso seja aprovado, grandes benefícios (Só abatendo a tiros!) para as crianças, jovens e adultos em fase escolar. A extinção desse simples sinal, o acento grave, nesse único emprego que lhe restou, trará uma simplificação maravilhosa e de grande impacto entre todos os que usam a língua portuguesa.
Sala das sessões, em de maio de 2005.
DePUTAdo JOÃO HERRMANN NETOPDT/SP
(Por que não aproveitar e extinguir o mandato deste imbecil?).