quarta-feira, setembro 13, 2006

De revirar "uzistômbagu"!


É OU NÃO É O FIM DA PICADA?!?

Deixe estar!

Ódio à democracia

Hoje tô com a macaca. Um petralhinha me mandou uma questão interessante. Como acuso o PT de não prezar a democracia, ele me lembra que o apedeuta perdeu pacificamente três eleições e que Tasso está falando em impeachment.

Bueno. O apedeuta perdeu três eleições pacificamente? E deveria fazer o quê? Propor a luta armada? Por acaso ele as perdeu de forma ilegítima? Nas três vezes, o resultado das urnas foi inequívoco. A derrota “pacífica” era parte da construção do partido. Mas é bom lembrar, petralhinha amigo, que este mesmo partido:

- Negou-se a participar do Colégio Eleitoral mesmo não havendo outra saída;

- Expulsou três deputados que participaram;

- Não homologou a Constituição de 1988;

- Chamou a Carta de arranjo das elites;

- Negou-se a participar do governo Itamar, de olho nas urnas;- Afirmou que o Plano Real daria errado;

- Opôs-se violentamente às reformas;- Opôs-se violentamente às privatizações;

- Acusou e massacrou reputações sem provas, como José Dirceu admitiu à CPI no caso de Eduardo Jorge, por exemplo;

Uma vez no poder, fez mea culpa do que já não tinha mais remédio e propôs, vejam só!, as mesmas reformas que antes havia rejeitado em nome do combate ao neoliberalismo. Na economia, aplicou as mesmas receitas, vá lá, convencionalmente ortodoxas, que antes chamava de "neoliberais". Mas não se limitou apenas a demonstrar que sua moral é a do presente eterno, não. No topo do país:

- Montou o maior esquema de corrupção de que se tem notícia;

- Tentou, ainda antes de Chávez, criar o Congresso Paralelo com o Conselhão (é que deu errado);

- Tentou e vai voltar a tentar censurar o jornalismo;

- Passou a defender a Lei da Mordaça para o Ministério Público, que antes atacava;

- Tentou criar mecanismos de controle da produção cultural;

- Inventou uma moral própria que é pau para toda obra: “Faço, mas quem não faz?”;

- Investe num arremedo de luta de classes no que respeita às políticas sociais;

- Aparelha o Estado como nunca se viu;

- Dissolveu de tal sorte as fronteiras entre Estado e partido, que Berozini, para escapar de uma acusação, é capaz de admitir como coisa legítima que o dinheiro público financie cartilhas para o PT — e a explicação, provavelmente, é mentirosa.

- Aliou-se às piores oligarquias regionais na grande maioria dos Estados;

- Passou, enfim, a adotar a ética do “enfiar a mão na merda”;

- Deixa claro que considera alternância de poder um ato de sabotagem

- Tasso fala em impeachment porque o PT precisa de expedientes oblíquos e de ao menos 72 horas para apresentar uma explicação verossímil — o que não quer dizer “verdadeira” — para gastos sem comprovação no valor de R$ 11 milhões;

Está aí delineado o perfil de um partido que repudia a democracia. Antes, sem provas, mandava os desafetos para o paredão; agora, mesmo com elas, acusa uma conspiração política da "direita", embora aliado objetivo de boa parte da pior direita brasileira. Digamos que a versão petista para as cartilhas seja verdadeira: e se fosse o PSDB no lugar do PT, e FHC no de Lula? Onde estaria o PT agora?

Reafirmo: esse partido odeia a democracia.

© http://www.reinaldoazevedo.com.br/

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