terça-feira, maio 30, 2006

Essa nossa Justiça..............


Hoje de manhã acordei e achei que estava em outro mundo. Devia estar tendo um pesadelo.
Corri olhar a folhinha, mas não era 1 de abril.
Belisqui meu braço...AIIIIIII..
Não, eu estava acordado, era realmente 30 de maio de 2006, pleno século XXI mas o rádio insistia em anunciar que um juiz havia inocentado um réu atravez de uma declaração psicografada.
É claro que fui pesquisar na NET. Só podia ser brincadeira.
Vejam o que eu achei.

Julgamento aceita carta psicografada como prova
27/05/2006 - 23:54:00
Julgamento aceita carta psicografada como provaTexto que inocenta acusada de homicídio teria sido ditado pela vítimaCARLOS ETCHICHURYOs sete jurados da 1ª Vara do Júri de Viamão escutaram atentos quando o advogado Lúcio de Constantino leu o seguinte trecho de uma carta: - O que mais me pesa no coração é ver a Iara acusada desse jeito, por mentes ardilosas como as dos meus algozes. Por isso, tenho estado triste e oro diariamente em favor de nossa amiga para que a verdade prevaleça e para que a paz retorne nos nossos corações. Que Jesus nos abençoe a todos hoje e sempre. Um abraço fraterno do Ercy. 22/02/05`. A carta seria apenas um elemento de Constantino em defesa da absolvição de sua cliente, acusada de homicídio, não fosse um detalhe: o Ercy que assina o documento é a própria vítima, morta em 2003. O fato incomum ocorreu na tarde de ontem. Na vara, era julgada Iara Marques Barcelos, acusada de mandar matar o tabelião Ercy da Silva Cardoso, executado com dois tiros na cabeça dentro de casa, na noite do dia 1° de julho de 2003. Na época, o caseiro da vítima, Leandro Rocha Almeira, revelou que teria sido contratado por Iara para dar um susto em Ercy, com quem a mulher supostamente mantinha um relacionamento. Ele, porém, negou a autoria do crime. Almeida e Iara foram acusados como responsável e mandante do crime, respectivamente. No seu julgamento, em julho do ano passado, Almeida voltou atrás: negou que tanto ele quanto Iara tivessem envolvimento com a morte de Ercy. Ele foi condenado a 15 anos e seis meses de reclusão. Promotora não acredita que texto ajudou na absolvição Desde às 9h de quinta-feira, as atenções na cidade se voltaram para o julgamento de Iara. Durante os debates, Costantino sacou aquilo que considerava um trunfo: a carta supostamente psicografada pelo morto. O texto não dizia que Iara era inocente, mas dizia que `orava diariamente` por Iara e que esperava pela `verdade`. No final da tarde de ontem, a sentença: os jurados absolveram a acusada por cinco votos contra dois. - Acho foi o ponto de desequilíbrio no julgamento. Na saída, várias pessoas comentaram comigo sobre a carta. Não sou espírita, mas estudei espiritismo para este júri - explicou Constantino. Para a promotora Luciane Feiten Wingert, que pleiteava a condenação de Iara, a carta psicografada por Jorge José Santa Maria, da Sociedade Beneficente Espírita Amor e Luz, não teve maior importância. - Não acredito que ela tenha sido absolvida pela carta. Acho que pesou mais a declaração do caseiro, que já foi condenado - opinou Luciane. Como os jurados não fundamentam seus votos, é improvável que se descubra o real peso da mensagem lida em plenário. Conforme a juíza da 1ª Vara do Júri Jaqueline Höfler, o documento foi anexado em tempo legal e a parte contrária não o impugnou.

( carlos.etchichury@zerohora.com.br )
Multimdia Relato foi apresentado pela defesa
Zero Hora / Redação
Só resta dizer
QUE ABSURDO.
ESSE JUIZ AINDA É JUIZ?

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