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Mainard e a omertà brasileira
Nos Estados Unidos, inúmeros sites dependem apenas disso: da qualidade dos documentos desencavados pelos internautas. No Brasil, algo assim jamais funcionaria. Ninguém cede espontaneamente cartas, fotografias, contratos, recibos, reservas de hotel, passagens aéreas, extratos bancários, ordens de pagamento e outros documentos que envolvam autoridades. Os brasileiros ainda não foram tomados pelo espírito do parajornalismo. Nosso negócio é o acobertamento. Nosso negócio é a cumplicidade. O mesmo código do silêncio que vigora nas favelas dominadas por traficantes vigora também nos gabinetes e escritórios.De qualquer maneira, não custa tentar: se alguém aí tem documentos contra Lula, ou contra qualquer outro candidato a cargo público, e se eles forem verdadeiros, remeta-os a VEJA, em meu nome. Continuo aqui, na mesma.