sexta-feira, agosto 26, 2005

Será que penas vão voar???


Esta notícia, publicada no Correio Braziliense de hoje, é bastante preocupante.

Cerco à Guaranhuns

Ricardo Sérgio, ex-arrecadador de campanhas tucanas, é suspeito de ser o verdadeiro dono da empresa

Por esta nem os petistas esperavam. Os rastros da Guaranhuns controlada por uma empresa sediada no Uruguai e investigada pela Polícia Federal e pelas CPIs dos Correios e do Mensalão, levam a um personagem conhecido da República por suas negociatas durante o governo tucano. Ele mesmo: Ricardo Sérgio de Oliveira — ex-diretor do Banco do Brasil e ex-arrecadador de recursos para campanhas tucanas —, suspeito de enriquecimento ilícito e tráfico de influência durante a passagem pelo governo, entre 1995 e 1998. Desde 30 de janeiro de 2002, a empresa tem como sócios a empresa Esfort Trading S.A., sediada no Uruguai, que detém 99% das cotas, e José Carlos Batista, suspeito de ser testa-de-ferro, com apenas 1%. Quando a empresa nasceu, em janeiro de 1999, os donos eram Lúcio Bolonha Funaro e José Roberto Funaro. O suposto testa-de-ferro entrou na sociedade quando os Funaro saíram de cena. O Correio apurou que os indícios levantados até agora indicam que os sócios ocultos da Esfort são Funaro e Ricardo Sérgio, que já fizeram negócios juntos com corretoras de valores. Funaro também é sócio atualmentede oito empresas na área de factoring e gestão empresarial.

No início do mês, a Polícia Federal indiciou o “laranja” José Carlos Batista por crime contra o sistema financeiro,sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, após ter se recusado a responder às perguntas do delegado Luís Flávio Zampronha sobre a movimentação financeira da empresa e os beneficiários do dinheiro. Além dos recursos do esquema PT, a Guaranhuns movimentou outras verbas. Dados da CPI do Banestado indicam que a empresa enviou US$ 2 milhões em março e novembro de 2002 para o exterior por meio da Esfort Trading.

Em 2002, descobriu-se que Ricardo Sérgio havia comprado dois prédios do fundo de pensão Petros por R$ 11 milhões e que ele operava uma empresa sediada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, a Antar Venture Investments.


Para quem não se lembra, Ricardo Sérgio foi o tesoureiro da campanha do Serra. Muitos dizem que ele representou "o lado negro da força" tucana. Minha maior preocupação com esta notícia diz respeito ao potencial grau de contaminação do PSDB no mar de lama que assola o PT e a abertura, a partir desta hipótese, ao crescimento de candidatos neopopulistas, como o Molequinho (oops... Garotinho). Será que vamos ter que beber todas para descartar este cenário sombrio?

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