domingo, julho 31, 2005

Deplorável abordagem.

Deplorável a abordagem da jornalista Eliane Cantanhede, que na atual situação nos remete imediatamente a possibilidade de estar correndo solto uma nova modalidade de mensalão.
O mensalão jornalístico.
Tal mudança de postura não tem outra explicação racional. Talves chantagem?
Não há como concordar com a possibilidade de se "esquecer" os crimes políticos e não políticos de qualquer um dos criminosos, sem enterrar definitivamente a democracia no pais.
Se Lula é culpado deve ser julgado e punido exemplarmente, com o agravante de que como chefe de governo sua pena deve se mais rigorosa.
O mesmo com relação a todos que possuam mandato ou cargo público.O presidente Lula já prevaricou assumidamente por 3 vezes e foi inesplicavelmente blindado.
BNDES
Avisado do mensalão
Reportagem em Paris admitindo o caixa 2.
Vai saber quantas outras vezes ele prevaricou e não nos foi comunicado?Pior, A conhecer sua [Lula] "história" [que mais parece conto de mafia] é quase impossível se imaginar que não soubesse do esquema, principalmente sendo ele o maior beneficiário do mesmo.
Lamantável postura da jornalista.

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Voce é favorável ao impeachment de Lula? Então vá ao endereço abaixo

No endereço abaixo, existe uma petição que pode ser assinada por todos aqueles que acham, que o atual governo e seu modo peculiar de governar não deve continuar.
Qualquer um pode votar e até opinar brevemente.

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sábado, julho 30, 2005

"Erros", fatos e palavras


Editorial, O Estado de S. Paulo (29/07/05)

Embora se declarasse 'muito indignado' não propriamente com as evidências de corrupção que têm vindo à tona, mas com o 'tal de diz-que-diz' a que reduziu a crise política por elas provocada, o presidente Lula, anteontem em Bagé, tornou a se orgulhar de ter 'vergonha na cara' e tornou a advertir que 'todos que erraram, sejam do meu partido ou de outro, têm de pagar'. Para seu presumível desconforto, no entanto, o mesmo Estado que noticia ontem, como a imprensa diária em geral, a sua mais nova manifestação sobre a amarga atualidade política brasileira publica também uma entrevista que revela a imensa distância entre as palavras do presidente sobre qual deve ser o destino dos que erraram e um fato a esta altura já histórico, do qual foi protagonista central, que aponta rigorosamente na direção oposta.
O entrevistado é o economista Paulo de Tarso Venceslau. Em 1995, ele denunciou a Lula o esquema de arrecadação ilícita de recursos operado em prefeituras petistas, como a de São José dos Campos, da qual era secretário das Finanças, pelo advogado Roberto Teixeira, compadre do então futuro presidente. Passados dois anos sem que nada acontecesse, Venceslau contou o que sabia ao Jornal da Tarde. Em 1998, foi expulso do PT. O caso tinha sido julgado por uma comissão de notáveis do partido, formada pelo economista Paul Singer, o ex-promotor Hélio Bicudo e o professor de direito e atual deputado José Eduardo Cardozo. O relatório do trio concluiu que Teixeira havia cometido 'grave falta ética' - mas esse e outros trechos de igual teor foram expurgados da versão usada pela direção do PT para expulsar Venceslau.
A importância da sua entrevista está na analogia que ele estabelece, com inquestionável lucidez, entre a corrupção no PT que viu de perto e esta que acompanha pela mídia, como qualquer brasileiro.
Em dado momento, Venceslau diz que 'se tivessem feito a depuração (para a qual forneceu a oportunidade, há dez anos), não estaríamos vendo o filme de agora'. O problema, pelo que ele mesmo relata da atuação de Lula e do seu controlador do partido, José Dirceu, que o elegeu presidente também em 1995, é que essa depuração não podia acontecer, a menos que o líder, perante quem os companheiros se comportavam com temor reverencial, passasse por uma metamorfose que o fizesse praticar o que pregava - a separação absoluta entre o público e o privado, entre Estado e partido.Mas, em vez disso, como mostra Venceslau, Lula 'fez questão não só de acobertar (o poderoso compadre), mas de punir quem tinha descoberto' (os seus erros, para usar a atual terminologia do presidente).
Nesse episódio que esculpiria a verdadeira face da liderança do PT, 'Lula se consolida como caudilho e o partido se ajoelha diante dele', analisa Venceslau. 'Ungido de uma liderança incontestável', assinala o ex-petista, 'todo mundo passou a fazer aquilo que mandava.' Dirceu era o 'executor' leal ao chefe. Alçou à direção partidária, para serem seus paus-mandados, Sílvio Pereira e Delúbio Soares, 'que raciocinam muito pouco', na avaliação de Venceslau, confirmando o que se viu na CPI dos Correios.A ascensão do PT ao Planalto deu dimensão federal aos meios e fins encarnados no ministro que dizia que só fazia o que Lula mandava.
Prova de que nada mudou está no caso da nomeação do novo presidente da Infraero.
Contra o parecer da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ele nomeou para a Infraero Tércio Ivan de Barros. A Polícia Federal apura irregularidades que teria cometido na superintendência do Aeroporto de Guarulhos, em 2002. Tércio é amigo de Antonio Celso Cipriani, ex-presidente da falida Transbrasil, da qual o 'compadre' de Lula, Roberto Teixeira, é advogado, e tem (Cipriani) um grande projeto na Infraero, apresentado pela advogada Waleska Teixeira, filha de Roberto Teixeira e afilhada de casamento de Lula.
Outro amigo do compadre de Lula é o relator da CPI do Banestado, o deputado petista José Mentor, cujo mentor é José Dirceu. Ele conseguiu evitar que Cipriani depusesse no inquérito. Diz Venceslau: 'Teixeira está blindado. Mas na hora em que reabrirem o caso Banestado talvez a gente descubra por quê.' E eis que o presidente, na mesma fala de Bagé, acusa a imprensa de manchar inocentes. 'Alguém' terá de pedir desculpas, cobrou. A imprensa não manchou ninguém - diga o que disser o demitido ministro Dirceu. E o 'alguém' que teria de pedir desculpas Lula sabe perfeitamente quem é.

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Agradecimento aos amigos

Agradeço aos amigos que cá vieram me prestigiar.
Disponibilizo o espaço a quem quizer nele colaborar.
Quanto ao afilhado Kapeta, esteve viajando a serviço e quando voltou arrumou um belo(poe belo nisso) rabo de saia e não tem jeito. Hormônios nas alturas. Grudou que nem chiclet na moça e só pensa naquilo.
Vai demorar para voltar ao planeta realidade.
Mais uma vez muito obrigado a todos.
Peninha.

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quinta-feira, julho 28, 2005

As elites

Por Paulo Martins em 28 de julho de 2005
Resumo: Perante a grandeza do Brasil e da socieda de brasileira, esse cidadão que acoplou o apelido ao próprio nome não é absolutamente nada.
© 2005 MidiaSemMascara.org

Aconteceu na sexta feira à noite. Gostaria de ter apreciado o tema por aqui no sábado, mas não foi possível, pois a Gazeta já estava sendo impressa com outros assuntos nesta Coluna. Domingo e segunda esta Coluna não circula e devido a essas circunstâncias ficou até hoje atravessado na garganta aquilo que Duda Mendonça determinou que Luiz Inácio disparasse de seu arsenal pífio na tentativa de jogar a classe pobre contra as demais classes economicamente melhor sucedidas e, melhor sucedidas não através de roubo de dinheiro público como ocorre com seus "companheiros" de partido que assaltaram os cofres confiados ao seu governo, mas melhor sucedidas em razão de trabalho, investimentos, inteligência e vocação à produção.
Luiz Inácio não sabe, mas quem mais movimenta a economia do País que ele assumiu prometendo mudanças - e o está demolindo - é justamente a classe de gente que por ambição à produção, à vitória empresarial, ao sucesso paga seu generoso salário. Luiz Inácio ainda não percebeu que foi eleito para dirigir um País que tem camadas miseráveis, pobres, médias, ricas e extremamente ricas. Quem faz parte disso tudo são pessoas da sociedade brasileira e ele, como Presidente, o é de todos, ricos, pobres e remediados, já que pelo que se saiba, ganhar dinheiro no Brasil não é crime, roubar, sim. Ao atacar as elites - discriminação ideológica de Marx a Antonio Gramsci, de Lênin a Fidel Castro - Luiz Inácio, antes, deveria lembrar de um velho, antigo, inesquecível, mas feliz ensinamento que também deve ter ouvido quando criança: "Dobre a língua". Cansamos de ouvir isso dos mais velhos e aprendemos, mas Luiz Inácio não aprendeu.
Claro está que tem limitações culturais, mas não as deveria ter pelo menos em relação à culturas familiares e, assim, ao invés de "dobrar a língua", desesperado por estar constatando sua incompetência para se desincumbir da missão que as urnas lhe confiaram, decidiu, então, assacar contra uma dessas camadas que fazem parte da sociedade e que ele, assim como todo esquerdista fracassado, elege como algoz: "Elites". E Luiz Inácio afirma que "as elites" é que são culpadas pelo clima de "esgoto a céu aberto" que envolve o Brasil. As "Elites". Bem...se ele considerar os delúbios, os marcos valérios, os genoinos, os silvinhos, seu abastado ministro Tarso Genro, o arrogante Mercadante, a perua paulista que deixou o marido, mas não deixou o nome famoso, seu próprio filho que acaba de abiscoitar dois milhões de dólares presenteados por empresa com profundos interesses na telefonia brasileira, enfim, se ele considerar aqueles que chama de "companheiros" como sendo essas "elites" às quais decidiu alvejar, então, sim, teremos que concordar com Luiz Inácio. Caso contrário - quanto a nós - é possível que a tolerância para com a incompetência tenha chegado aos seus limites suportáveis e, para se evitar um mal maior do que o que até agora se avolumou, é preciso se dar um basta, é preciso se restabelecer a ordem em meio à desordem e, é preciso de uma vez por todas nos convencermos de que a grandeza do Brasil e da sociedade de nossa Pátria está bem acima - e muito acima - de qualquer luiz inácio ou de quem quer que seja que esteja como inquilino da presidência ou de qualquer outro cargo que a Nação disponha.
Perante a grandeza do Brasil e da sociedade brasileira, esse cidadão que acoplou o apelido ao próprio nome, não é absolutamente nada. É preciso que se entenda de uma vez por todas que tanto pobres como ricos fazem parte de um todo que precisa ser respeitado, mesmo porque, o que o ex-metalurgico chama de "elites" não lhe deve absolutamente nada, isso porque, trabalha, produz, ganha licitamente seu dinheiro, salvo minúsculas figuras que, na verdade habitam em todas as classes, inclusiva na dele, na classe dos companheiros que se aproveitam de situações privilegiadas para, a bordo da canalhice, absorver graúdas quantias a titulo de mensalão e até de intermediar contratos de duzentos milhões em troca de um Land Rover.
Dá-lhe Lula...Dá-lhe, mas antes olhe para o próprio "rabo moral" e identifique quem busca chamar de "Elites", haja vista que você mesmo pode estar fazendo parte dessa classe que pretende seja considerada abjeta, e ainda mais se aqueles 200 milhões foram pagos, já que a ameaça foi feita em nove de julho e, na verdade, o delinqüente da hora não o dedou até agora.

Publicado pelo jornal A Gazeta do Paraná em 26/07/2005.

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quarta-feira, julho 27, 2005

A moda da Pinga

Co'a marvada pinga é que eu me atrapaio
Eu entro na venda e já dô meus taio
Pego no copo e dali num saio
Ali memo eu bebo, ali memo eu caio
Só pra carregá é queu dô trabaio, oi lá!
Venho da cidade, já venho cantando
Trago um garrafão que venho chupando
Venho pros caminho, venho trupicando
Chifrando os barranco, venho cambeteando
E no lugar que eu caio já fico roncando, oi lá!
Marido me disse, ele me falô
Largue de bebê, peço pro favor
Prosa de home nunca dei valor
Bebo com o sor quente pra esfriá o calô
E bebo de noite que é pra fazer suadô, oi lá!
Cada vez que eu caio, caio deferente
Me arço pra trás e caio pra frente
Caio devagar, caio derepente
Vou de currupio, vou deretamente
Mas sendo de pinga eu caio contente, oi lá!
Pego o garrafão é já balanceio
Que é pra mor de vê se tá mesmo cheio
Num bebo de vez por que acho feio
No primeiro gorpe chego inté no meio
No segundo trago é que eu desvazeio, oi lá!
Eu bebo da pinga porque gosto dela
Eu bebo da branca, bebo da amarela
Bebo no copo, bebo na tigela
Bebo temperada com cravo e canela
Seja quarqué tempo vai pinga na goela, oi lá!
Eu fui numa festa no rio Tietê
Eu lá fui chegando no amanhecê
Já me deram pinga pra mim bebê
Já me deram pinga pra mim bebê, tava sem fervê
Eu bebi demais e fiquei mamada
Eu cai no chão e fiquei deitada
Aí eu fui pra casa de braço dado
Ai de braço dado ai com dois sordado
Ai, muito obrigado!

(Inezita Barroso)

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